quinta-feira, 29 de julho de 2010

Aprendendo...


Será que eu posso tocar o silêncio?
Será que eu posso alcançar o vazio?
Talvez até, eu possa encontrar enfim a minha paz interior e possa descansar da forma que sempre quis.
Escrevo isso assim como se toca um piano.
Eu prometo defendê-los, os que me amam. Eu prometo defender todos aqueles que têm por mim um sentimento de apreço. Defendê-los feito um leão de juba esvoaçante, pelagem dourada e olhos de fúria.
Eu vos prometo.
Serei um titânico ao gritar do alto da montanha com uma fúria amedrontadora. Vibrem os grilhões que me prendem a terra, pois o chão irá tremer. Prendam as estacas mais ao fundo porque agora com mais relutância eu vou querer sair.
Eu não sei o que é amar, mas sei o que é querer o bastante para tomá-los para mim. Desculpem-me se não alimento o amor ou se apenas não sei amar. É simplesmente porque não sei como fazê-lo realmente. Sei do que sei, sei do que sinto. Algo puro como água.
Sinta-se afortunado por me ter ao seu lado, pois sempre irei querê-lo ao meu. Vou sorrir cada vez que o vir chegar e sentirei uma explosão gostosa de felicidade quando pensar em você.
Eu erro sim, o ser humano é falho. Não existe uma real justificativa para errar. Erramos porque erramos e pronto. Mas a diferença não está no que você fez e sim em como você será depois. Isso é que realmente importa.

“Tamanhas atribulações que às vezes viro lobisomem e estraçalhado de desejos divago como os cães danados.”- Manuel Bandeira

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Há vampiros e vampiros


Existe a escória que rasteja nos becos escuros, sedentos de sangue. Parecem zumbis sanguinários com seus olhos vivos sobre a carne morta. A boca aberta num escárnio, os dentes imundos de sangue viscoso. Percorrem os telhados do subúrbio como raposas imundas, vão eles com largas passadas silenciosas. Refugiam-se nos velhos galpões e quando alguém passa, seja velho ou novo, tratam logo de atacar com sua fome voraz. A vítima expele sangue e grita, quando vê, há vários a sua volta lhe puxando a carne e bebendo-lhe o sangue.

A escória está onde deve estar. Cirque et pain.

O que dizer dos fidalgos vampirescos?

Vampiros luxuosos que residem as mansões nas colinas. Sua pele é dura como mármore e alva como tal, seus olhos de gelo se perdem na sua face fria, a boca se abre num sorriso presunçoso revelando suas presas de lobo. Trajam caros gibões e batas de fino linho.

Vivem juntos, celebrando a noite. Luxo, luxúria e lira.

Não caçam, iludem.

Atraem suas vítimas para sua toca, quando matam, fazem-no de modo ágil, limpo e fatal.

A adrenalina azeda o néctar do sangue.

Uma vítima por vampiro. Os rituais de degustação sanguínea... perdoem-me, mas eu os oculto.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ao homem que dorme na rua.


Toma esta moeda, meu homem

você que dorme ao relento

no frio e no vento

dor maior eu não tento.



Toma esta moeda, mendigo

o meu pesar vai consigo

na rua onde mora o perigo.



Dou-lhe uma moeda

não lhe dou comida

para não aumentar mais um dia

viver nessa tua agonia.



Beba tua cachaça

aplacar a dor ela faça

e esquecer essa tua desgraça.


terça-feira, 6 de julho de 2010

Pare o mundo, eu quero descer!


Se agora me dessem apenas um desejo, eu diria: pare o tempo.

As folhas que estavam caindo, parem em pleno ar.

Quero que o vento pare de soprar, o barulho pare de soar e os olhos parem de olhar. Eu quero o mundo só para mim, pelo menos por um momento eu quero ir e vir. Pensar.

As palavras que você estava para dizer, vão sair de sua boca e se perder no silencioso infinito. Todos serão como estátuas numa maquete em tamanho real, feito um filme de ficção científica.

Quero o tempo parado somente para mim. Apenas eu me movendo no vazio da estagnação. Seja quanto tempo for, quero tempo para sair caminhando sem rumo e sem dar satisfação a ninguém. Quero tempo para me sentar numa rocha qualquer e pensar nos porquês e nas razões da vida. Por um dado momento quero ser apenas eu, sozinho de tudo e de todos. Sem sentir o vento, nem o som, nem frio, nem calor. Ficar ali e somente ouvir o barulho ensurdecedor do silêncio.

Porém, o tempo não para. Faça o que tiver que fazer agora, sem medo do que vai acontecer. Diga o que tem que dizer sem medo. Talvez o tempo até pare pra você, mas talvez não seja de uma forma muito bonita. Talvez seja amanhã, depois ou outro dia. Você fica parado diante da vida, mas a vida não fica parada diante de você.


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Uma nova era...


Hoje eu descobri que meu coração ainda bate. Há muito tempo eu colocava minha mão sobre o peito e sentia um vazio silencioso e parado.

O senti novamente bombeando velozmente aqui dentro. Aprendi que o que o faz acelerar é uma prazerosa adrenalina que corre em minhas veias. Um sensação viciante e deliciosa.

Loucura minha dizer que meu coração parou de bater, se outrora batia descompassado como o de um cavalo corredor. Mas essa é minha verdade, eu me sentia um vampiro cada vez que colocava as mãos sobre o peito e apenas sentia a pele inalterada, sem movimento.

Não sei como nem porque aconteceu, mas me viciei na sensação de ter a adrenalina correndo minhas veias como fogo de rastro. Meu coração bombeou novamente como os pistões de um carro de corrida e eu senti uma prazerosa sensação de ser o melhor e mais potente do momento.

Me disseram uma vez que meu coração batia por dois, no momento eu senti isso, mas foi no momento. Com o tempo ele se cansou de bater, ficou fraco e frio. Acho até que endureceu lá dentro numa pedra de gelo, como se dissesse "Eu tenho que descansar!".

Queira Deus que eu esteja certo, mas acho que esse gelo derreteu e ele voltou a ativa. Pronto para aventuras mais radicais, esperando que eu me lance ao mundo sem medo e pronto para enfrentar o que está por vir.

Avante!

Eu sou o Luigi, não um novo, não o velho, um diferente. Pronto a mostrar ao mundo o que eu tenho de melhor sem querer de volta do mundo o melhor que ele tem a me dar. Eu quero, eu vou buscar e pouco me importa se isso te incomoda. Se quer vir comigo, eu lhe estendo a mão, se não quer, eu lhe dou um adeus.