segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Papai do céu


Deus, cura-me de todo o repúdio. O repúdio que guardo dentro de mim.
Dai-me, Pai, mais humildade. Dai-me meus olhos mais tranquilos, mais meigos e mais infantis. Tira do meu rosto esse olhar preocupado, vigilante, assustado e atento. Enche o brilho dos meus olhos com aquele mesmo brilho que escorre dos meus lábios. Se cair alguma lágrima, que seja de cristal, bem chorada, bem sentida.
Faça recair sobre mim a pureza dos anjos. Não deixe, por favor, não deixe que eu caia nas mãos do menosprezo.
Construa-me com a mesma matéria que fez os meus pais e os pais deles. Abençoa-me também com o véu de sabedoria que deles vier. Dá-me a simplicidade e a grandeza dos meus avôs, a serenidade e a beleza das minhas avós, a sabedoria do meu pai e o amor da minha mãe. Meus irmãos, cuide deles e da família que eles irão construir. Guarda os que amo de sincero coração e proteja os de todo o mal.
Deus, se eu um dia fizer algum mal, deixe que o seu soberano castigo recaia somente sobre a minha cabeça e livrai os que me rodeiam.
No mais, meu amigo, não quero nada da vida. Dê-me a chuva, luz e esperança. Sempre esperança, porque tudo se vai, mas a esperança é o fogo que aquece o coração desolado e perdido. Nunca, mas nunca mesmo, deixe-me sozinho. Aqueça-me com teus braços, sua bondade e seu zelo. Faça-me sempre, e nunca por algum instante, sentir falta da sua presença.
E no fim quando for o meu momento e for hora de ir embora, quando você surgir caminhando naquela luz branca e me chamar com sua doce voz, leve-me para perto dos meus. Todos. Todos que já fizeram parte de minha vida. Quero rever cada um! Meus amigos, meus avós, meus cachorros, pais, irmãos e parentes. Quero também sentar-me ao seu lado, olhar pro seu rosto e podermos conversar, por longos e longos dias. Quero poder te abraçar, me envolver nos braços que protegem o mundo, nos braços que me envolveram quando comecei a existir e que me ampararam quando deixei minha existência.
Deus, te quero pra sempre do meu lado.
Te amo muito!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Café


Café.

Falar do café é falar da presença marcante no nosso dia a dia.

Para cada um ele tem um significado, um sabor, um motivo e adoração.

Eu amo o café. Na verdade, tem que ser apreciado. Sim, é uma arte tomar um cafezinho. Cada um tem o seu jeito, à sua maneira. Eu por exemplo aprecio uma xícara de café a tarde, acompanhado de um livro ou um filme. Tem também aqueles momentos em que eu preciso de uma injeção de ânimo, beberico meu café, feito um tônus da alma e logo me sinto o campeão do mundo, cheio de ideias e vontades.

Talvez, seja a bebida de preferência universal, feita para qualquer momento, qualquer lugar, a qualquer hora e qualquer clima. Mas convenhamos, nada melhor do que abrir a janela numa sexta-feira a tarde, sem nada a fazer, nada de obrigações, sentir uma rajada de vento e reconhecer o frio se alastrando pelas ruas, olhar para cima e ver nuvens escuras festejando um gelado dia nublado. Ou então, melhor que isso, nada melhor do que um café a tarde, na tranqüilidade da roça, fumegante naqueles copos de metal meio amassado acompanhado de um fresco queijo.

Ah o café!

O que seriam de nós os escritores, poetas e estudiosos sem um precioso bule de café? Companheiro de noites, páginas, folhas e folhas de criatividade. Deus abençoe o café!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Imagine o mundo...


Queria que as pessoas fossem mais alegres consigo mesmas. Saberiam então o quanto mais fácil fica suportar as intempéres da vida.
Queria que as manhãs fossem mais frescas, as tardes menos corridas e as noites mais animadas. Que a noite não fosse tão tenebrosa e nem o sol fosse tão quente. Poderia ventar mais, chover mais e esquentar menos.
Gostaria que todos amassem-se mais, fizessem mais pelos outros além do que pouco fazem por si mesmas.
Ah, como eu gostaria que todas as pessoas soubessem apreciar os mais simples cheiros, os mais sutis perfumes, as mais encantadoras sensações que são tão delicadas aos nossos sentidos.
Como eu queria que as pessoas soubessem como é bom acordar num final de semana, família reunida, preparar aquele café da manhã, aquele aroma do café misturado ao a luz ainda fraca do Sol que entra pela janela.
Como seria bom se todos soubessem dar valor a família, dar valor ao momento em que estamos reunidos que aqueles que fazem parte de nós.
É, seria tudo muito bom se fosse assim.
Quem sabe o que seria do mundo o dia em que os homens descobrissem que sua maior arma é a escrita e não um fuzil.
O que seria do mundo se todos prestassem mais atenção ao canto dos pássaros logo cedo, se soubessem saborear o frescor da manhã, as molezas da vida e soubessem suportar, ainda com um sorriso nos lábios as durezas da vida.
Como seria se o homem descobrisse que pode ganhar mais colaborando com seus iguais do que visando apenas seu egoísmo egocêntrico. Me diz, como seria quando descobríssemos, todos nós, que compartilhar não é diminuir o que você tem e sim aumentar o que o outro tem de menos.
Quando veremos que o mundo está uma completa bagunça e que precisa de uma faxina urgente? Eu sei, não me iludo, isso nunca vai mudar. Infelizmente nunca mesmo.