terça-feira, 4 de setembro de 2012

Rastros

    
   Desculpe-me, fui ser livre. Não quero nada atrás de mim a não ser meus próprios rastros. Não quero nada que me prenda nessa vida. Quero apenas viajar.
    Quero sentir o espírito das montanhas e seus picos gelados e fantasmagóricos.
    Quero sentir a alma dos oceanos e suas águas profundas e revoltosas.
    Mais que isso, quero ouvir o espírito dos ventos e sua voz que sussurra pelas árvores ou seu grito que arrebata minhas janelas.
    Como um velho amigo dizia: Quero beber o tutano da vida!
   Completo minha vida assim, que saciado de poeira e suor possa viver e então me embebedar de arte e cultura, me jogando na sarjeta da loucura e enfim encarar a face fria da morte. Cadavérica e gatuna, deslizando pelas sombras em busca da minha alma libertina.