terça-feira, 8 de junho de 2010

Eu sou o anfitrião da noite

Sou o anfitrião da noite. Sente-se em minha cadeira de madeira nobre e tecido trabalhado. Sinta o calor do fogo que erradia da minha lareira. Pode ouvir música que ecoa pelo ar?
Olhe para mim. Não se assuste com meus olhos tristes, por dentro desse ser explode a felicidade de te ter aqui.
Vejo que notou minhas roupas. Sim, trajo terno de alta costura, gravata de seda e ainda conservo meu relógio de bolso feito a ouro.
Meus gestos são exatos, desse modo sou firme e preciso.
Estes livros que nos rodeia são minha verdadeira riqueza, trago-os do passado e até do futuro, vieram com os quatro ventos. Atravessaram os sete mares e foram adiquiridos por muito ouro. Livros de páginas velhas, amarelas e carcomidas. Livros que relatam heróis, bestas e fatos. Guerras e estórias. São portais encadernados, e, se sua mente for livre o bastante, podem até levá-lo nessa maravilhosa viagem de contos. Eu sou o dono de tudo isso. Não sou duque, nem Rei. Nem barão, nem senhor. Sou dono do império do saber, sou mais rico que todos, sou deus onde devo ser.

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