segunda-feira, 14 de junho de 2010

O caminho lá de casa


No caminho lá de casa, há folhas secas ao chão. As frondosas e sombrias árvores ladeiam a estradinha. A estrada termina numa porteira vermelha muito velha. Abra-a e entre. Suba a colina de grama verdejante. Minha casa fica lá no topo.


Está vendo esse belo chalé de madeira? Está é minha casa. Aliás, este de jeans, suéter vermelho e botas de caminhada com duas canecas de chocolate quente sou eu.


Estes dois cães da raça Golden Retriever são meus, o macho vermelho é o Trevor e a fêmea amarela é a Lucy. Trate-os bem, são meus filhos. Eles e os outros que perambulam por aí.


Entre na minha casa. Aqui dentro está aquecido.


Como pode ver, aqui dentro não é muito grande, mas é belo. Veja aqui todos os meus livros preferidos. E ali, bem ali em cima da lareira, são objetos indígenas que trouxe de uma incursão minha pelas aldeias da região. Há ali no canto minha escrivaninha, "portal dos sonhos" como chamo o lugar onde escrevo meus livros. Estas fotos são das montanhas que já percorri, este são cães e cavalos meus que já morreram. Veja só! Este era um lobo cinza que percorria as redondezas daqui em busca de comida, acredita que ele comia na minha mão?


Bom, quero que conheça um lugar especial. Venha.


Andamos e chegamos então a um estábulo distante da casa, eu abro a porta e entramos pelo corredor. Logo meus cavalos percebem a nossa presença e começam a patear o chão. Eu abro a janela de cada baia e afago cada um. Com um sorriso no olhar e um brilho nos olhos. Chamo por cada um, para que ouçam a minha voz. Apolo, Treva, Cronos, Arold e Merle.


São todos belos cavalos.


Venha visitante, guardei o mais impressionante agora para o final. Voltemos ao meu chalé.


Quando chegamos de volta a casa, levo-o para os fundos. Atrás dessa porta há uma grande varanda onde tomo café todas as manhãs, leio balançando na rede ou simplesmente contemplo a paisagem...

Veja. Não é de tirar o fôlego?

Veja estas imensas montanhas que fazem sombra sobre esse lindo e grande lago. Veja quão belo são os altos pinheiros que recobrem o sopé desses belos montes. Pode sentir esse vento fresco?

Eu sou o homem com o mais belo quintal do mundo!

Nas frescas manhãs de sábado levo os cães para nadar, tacar pedrinhas na água ou simplesmente caminhar entre as árvores. Vez ou outra eu vejo um urso tentando pegar um peixe bem ali naquela margem. A noite, a lua aparece bem ali entre as montanhas, é um espetáculo que apenas eu presencio. Deus reservou esta sorte a apenas um homem: a mim.

Não há nada melhor do que preparar uma caneca de chocolate quente, sentar-me aqui nesta varanda, um bom livro no colo e ficar aqui sentado em silêncio, o vento batendo. Um silêncio musical.

Deus reservou esta sorte apenas a mim.

4 comentários:

  1. Muito bom o texto... significativo.
    Estou seguindo aqui, beijos

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  2. De fato você está presente nesta história, pude notar isso a cada frase.

    Muito bom.
    Segue assim!

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  3. Que lindo! Viajei no seu texto haha
    Ótimo!

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  4. Mandou muito bem Luigi!!!
    Só sei de uma coisa quero ir te visitar. rs
    bjao

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